Vídeos de apresentações em eventos disponíveis online. (Informações completas no meu Currículo Lattes)
Transmissão online do Simpósio "Poéticas da contenção: entre imagens, palavras e silêncios", organizado por Deborah Walter de Moura Castro (UNIFAL) Paulo Henrique Caetano (UFSJ) Maria Rita Drumond Viana (UFSC), no Encontro da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC), de 2021.
Comunicação: “Deste calar alastrante se espraiando sem fronteiras”: Representações do silêncio na poética e no exílio de Paula Ludwig
Minha fala se encontra a partir do minuto 44 do vídeo.
Resumo: “Deste calar alastrante se espraiando sem fronteiras”: Representações do silêncio na poética e no exílio de Paula Ludwig Mariana Chirico Machado Holms (USP) Resumo Paula Ludwig (1900-1974) é uma poeta austríaca do Expressionismo, que viveu 13 anos no Brasil em uma condição de vida silenciadora: o exílio de seu país e da língua alemã. Como muitas poetas e escritoras nessa condição, Ludwig não encontrou mais espaço para publicar sua obra. Após seu retorno à Europa em 1953, a autora teve alguns de seus textos do exílio lançados em coletâneas de poemas e relatos de sonhos; há ainda manuscritos inéditos que integram o corpus desta pesquisa de doutorado em desenvolvimento. Essas composições são marcadas por elipses e sinais de pontuação que impõem cesuras no seu discurso poético. Esses silêncios, sejam as pausas estruturais em seus textos ou o intervalo entre suas publicações, foram diagnosticados pela crítica como uma espécie de “perda de voz poética”. Na contramão desta leitura, proponho-me a observar a tessitura desse material poético, considerando os aspectos históricos e biográficos de sua escrita, para ler tais pausas e lacunas como elementos produtores de sentido no discurso de Ludwig, dessa voz que não necessariamente se perdeu, mas pode ter deixado de ser ouvida. Porque, em seus textos, inclusive naqueles anteriores ao nazismo, a perda da voz é um motivo emergente, que assume diferentes papéis; como no sonho chamado “Gras”, em que, com bons ouvidos, escuta-se a grama infértil crescer e, assim, se tornar fértil. Nossa questão aqui se concentra não na perda da voz, mas na voz silenciada, não ouvida, e constituída a partir desses silêncios constitutivos dessa voz. Para essas análises, serão mobilizadas as reflexões de duas escritoras exiladas contemporâneas de Ludwig, Hilde Domin e Ruth Klüger, os estudos teóricos de Ligia Gonçalves Diniz, “Imaginação como presença” (2020), e Isabel Fernandes com a proposta de uma “inclosive reading” (2019), de Alfredo Bosi e George Steiner.
Disponível em: https://www.abralic.org.br/downloads/publicacoes/2020-2021/dialogos-transdisciplinares-livro-de-resumos-2021.pdf
Transmissão online da XIV Jornada de Literatura Alemã da USP, "Ao redor da distância", de 2020.
Comunicação: "Trauriger Ort meines Aufenthalts..." – insônia e palpitações em um poema de exílio de Paula Ludwig
Resumo: Paula Ludwig (1900-1974) foi uma poeta e artista plástica austríaca que viveu 13 anos exilada no Brasil entre 1940 e 1953. Seus poemas da época, publicados postumamente na coletânea Gedichte (LUDWIG, 1986), exprimem o sentimento de solidão, de deslocamento cultural, a impossibilidade de comunicação, a ausência de entes queridos e o impacto da Segunda Grande Guerra. Minha proposta de comunicação consiste em apresentar brevemente a poeta e suas condições da fuga da Europa para o Brasil e analisar o poema “Trübe”, composto provavelmente depois do fim da guerra. Neste texto, são representados a inquietude subjetiva, o silêncio do trauma e a hesitação diante do futuro difuso e sem perspectiva de restauração.
Disponível em: https://monitoriaalemaousp.wixsite.com/aoredordadistancia
Transmissão online das Rodas de leitura, iniciativa da
Casa Stefan Zweig - Petrópolis, em 2020.
Vídeo 1: Novela Xadrez, de Stefan Zweig, trad.
Vídeo 2: Novela Segredo ardente, de Stefan Zweig, trad.
Participantes Larissa Fumis e Mariana Holms